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Com alta do dólar, aumento do preço do trigo no mercado internacional e problemas com safra na Argentina puxam custo de derivados do grão
Com alta do dólar e escassez de trigo na Argentina, os preços de produtos à base de trigo, como massas alimentícias, pães e biscoitos, além da própria farinha de trigo, já aumentaram 10%, segundo estimativas de entidades que representam a indústria do setor no país.
O percentual representa cerca de 40 vezes a variação da inflação média dos últimos dois meses, medida pelo IPCA, que subiu 0,24% entre julho e agosto.
A principal explicação para o encarecimento do pãozinho está na dependência externa que o Brasil tem do produto combinada com as recentes oscilações do dólar e do preço do produto no mercado internacional. O trigo é um dos poucos grãos que o Brasil tem que importar de outros países para abastecer o mercado doméstico.
O Brasil também foi impactado pelos maiores preços na Argentina, diante das incertezas quanto ao tamanho da safra desta temporada.
O preço do trigo no mercado internacional chegou a atingir US$ 197,80 por tonelada em agosto, o maior valor desde julho de 2015. Além disso, como o preço internacional do produto é calculado em dólar, a desvalorização do real aumenta seu custo de importação. No ano, o dólar se valorizou ante ao real em 22,86%, no acumulado até agosto. Somente no mês passado, essa valorização foi de 8,45%.
Se o dólar continuar subindo, o pão pode ficar ainda mais caro.
"Infelizmente, a má notícia é essa. O trigo aumentou, mas não quer dizer que (o aumento) já acabou. Se o mercado internacional continuar oscilando e o câmbio também continuar oscilando para cima, os preços tendem a aumentar mais", diz Cláudio Zanão, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos industrializados (Abimapi), para quem esses aumentos já devem estar repercutindo no bolso do consumidor.
"Quando você aumenta preço no varejo, diminui o consumo, por isso que supermercado não gosta de aumentar preço, mas já foram reduzidas todas as margens e o repasse começa a ser inevitável", afirma.
*Com Agência Brasil
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