O número de pessoas desempregadas há mais de dois anos avançou de 17,4% no 1º trimestre de 2015 para 24,8% no mesmo período de 2019. O total de trabalhadores nessa condição chega hoje a 3,3 milhões. Em quatro anos, o crescimento foi de 42,4%.
Segundo dados da Análise de Mercado de Trabalho divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o desemprego de longo prazo atinge mais fortemente as mulheres. Elas são 28,8% contra 20,3% dos homens na mesma situação. Porém, o crescimento do número de desocupados foi maior entre o público masculino.
Na análise por faixa etária, 27,3% dos desocupados com mais de 40 anos buscam trabalho há pelo menos dois anos, sem sucesso, mas o crescimento do desemprego de longo prazo é maior entre os jovens. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas.
Efeitos na renda familiar
Além do aumento no tempo de permanência no desemprego, o estudo mostra que os efeitos da crise econômica sobre o mercado de trabalho também vêm impactando a renda domiciliar. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, mostram que, no 1º trimestre de 2019, 22,7% dos domicílios brasileiros não tinham nenhum tipo de renda proveniente do trabalho, e que os domicílios de renda mais baixa foram os que apresentaram menores ganhos salariais. A análise mostra, ainda, que a renda dos domicílios mais ricos é 30 vezes maior que a dos domicílios mais pobres.
Trabalho temporário
Segundo o estudo do Ipea, das 507.140 novas vagas de trabalho abertas de novembro de 2017 a abril de 2019, 58.630 foram para trabalho intermitente e 19.765 para parcial, geralmente nos setores de serviços e comércio.
Enquanto a maioria das vagas intermitentes foi destinada aos homens (63,6%), as mulheres formam a maior parcela das ocupações parciais (60,7%). A maioria dessas vagas está concentrada nas empresas de pequeno porte, com até 19 funcionários.
Apesar da deterioração do mercado e dos altos índices de desocupados, desalentados e subocupados, o estudo prevê que uma recuperação gradual da ocupação e da renda média até o fim do ano. Uma queda mais expressiva da taxa de desemprego e da desigualdade é esperada para 2020, a partir da retomada mais forte do nível de atividade, condicionada à aprovação da reforma da Previdência.
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Número de desempregados de longo prazo cresceu 42,4% em quatro anos
O número de pessoas desempregadas há mais de dois anos avançou de 17,4% no 1º trimestre de 2015 para 24,8% no mesmo período de 2019. O total de trabalhadores nessa condição chega hoje a 3,3 milhões. Em quatro anos, o crescimento foi de 42,4%.
Segundo dados da Análise de Mercado de Trabalho divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o desemprego de longo prazo atinge mais fortemente as mulheres. Elas são 28,8% contra 20,3% dos homens na mesma situação. Porém, o crescimento do número de desocupados foi maior entre o público masculino.
Na análise por faixa etária, 27,3% dos desocupados com mais de 40 anos buscam trabalho há pelo menos dois anos, sem sucesso, mas o crescimento do desemprego de longo prazo é maior entre os jovens. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas.
Efeitos na renda familiar
Além do aumento no tempo de permanência no desemprego, o estudo mostra que os efeitos da crise econômica sobre o mercado de trabalho também vêm impactando a renda domiciliar. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, mostram que, no 1º trimestre de 2019, 22,7% dos domicílios brasileiros não tinham nenhum tipo de renda proveniente do trabalho, e que os domicílios de renda mais baixa foram os que apresentaram menores ganhos salariais. A análise mostra, ainda, que a renda dos domicílios mais ricos é 30 vezes maior que a dos domicílios mais pobres.
Trabalho temporário
Segundo o estudo do Ipea, das 507.140 novas vagas de trabalho abertas de novembro de 2017 a abril de 2019, 58.630 foram para trabalho intermitente e 19.765 para parcial, geralmente nos setores de serviços e comércio.
Enquanto a maioria das vagas intermitentes foi destinada aos homens (63,6%), as mulheres formam a maior parcela das ocupações parciais (60,7%). A maioria dessas vagas está concentrada nas empresas de pequeno porte, com até 19 funcionários.
Apesar da deterioração do mercado e dos altos índices de desocupados, desalentados e subocupados, o estudo prevê que uma recuperação gradual da ocupação e da renda média até o fim do ano. Uma queda mais expressiva da taxa de desemprego e da desigualdade é esperada para 2020, a partir da retomada mais forte do nível de atividade, condicionada à aprovação da reforma da Previdência.
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