Atualizado em 03/05/2022 por Redação
O McDonald’s entrou em conflito com os fãs na semana passada em função da polêmica com o McPicanha, cujo sanduíche não continha picanha original. Do contrário, para evitar entrar no bolo, o Burger King divulgou, na última segunda-feira (2), que o Whopper Costela não possui costela, no entanto, contém “paleta suína”, com “aroma de costela 100% natural”, conforme nota divulgada pela empresa.
Ainda de acordo com o comunicado, o BK “reforça que desde o lançamento do produto sempre trouxe com clareza em sua comunicação e em todos os materiais e peças publicitárias, cardápios e materiais oficiais de marca a composição do hambúrguer presente no sanduiche”.
O retratamento da rede de restaurantes especializada em fast-food, fundada nos Estados Unidos, por James McLamore e David Edgerton, aconteceu após questionamentos de usuários nas redes sociais.
A prirori, uma campanha publicitária lançada em 2021, informa o hambúrguer em questão como “sabor costela”. Desde o final do ano passado, ele tem sido comercializado pela empresa norte-americana.
Do mesmo modo, no site oficial, a marca caracteriza o produto como “hambúrguer de carne de porco com aquele aroma inconfundível de costelinha”.
O caso também ganhou evidência em função de um vídeo publicado no TikTok pelo advogado Fernando Chagas. Ele produz conteúdos relacionados a defesa dos direitos do consumidor.
Na publicação, o profissional expõe as letras pequenas do anúncio do BK sobre o Whopper Costela, informando a composição do hambúrguer presente no lanche. Ele também havia divulgado, em seu primeiro vídeo, sobre as peculiaridades do sanduíche de picanha do Mc Donald’s na mesma rede social.
Em função da polêmica, o Burger King modificou a descrição do produto no seu aplicativo, evidenciando no início do anúncio a lista completa de ingredientes do lanche.
BK recebe notificação do Procon-SP
Ainda no fim da tarde desta segunda, o Procon-SP notificou o Burger King acerca de explicações sobre a composição e a campanha publicitária do sanduíche Whopper Costela até a próxima sexta-feira (6).
Em nota oficial, o órgão comunicou que a rede precisa expor a tabela nutricional do sanduíche, de modo a comprovar a formatação de cada um dos ingredientes, como carne e molhos. Além disso, a empresa vai precisar apresentar documentos que atestem a condição dos testes de qualidade realizados, certificando processos como o de manipulação.
No Distrito Federal, por exemplo, a venda do Whopper Costela está suspensa desde esta terça-feira (3). O Procon da região constatou, após averiguação, que existe a adição de aromatizante no preparo do lanche, porém nenhum indício da carne de costela em si.
Conforme explicou em nota, o diretor-geral do órgão, Marcelo Nascimento, não existe a descrição clara da composição do sanduíche na publicidade do produto, o que altera o entendimento do consumidor, ou seja, passando uma caracterização publicitária enganosa.