Simone: A Reforma da Previdência caminha independentemente do Executivo. Mas, acredito que este governo que tanto reclama da "velha política", não conseguiu se desvencilhar de algumas práticas, e está fazendo até pior. Já me manifestei contra a política do toma-lá-cá toda vez que for necessário articular com o Congresso. Negociação não se faz tendo como moeda de troca liberação de emendas. A falta de uma conexão firme entre Congresso e Governo, com intuito realmente republicano, acaba saindo "cara" para o País.
Simone: Como presidente da CCJ, cuja obrigação será dirigir os trabalhos como na função de um juiz, não posso ainda expressar juízo de valor. Agora, quando o texto chegar ao Plenário, será a minha vez de discutir o mérito.
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Presidente da CCJ, a senadora do MDB contou ao Destak como será a tramitação da Previdência dentro da Casa
Com a chegada do projeto de reforma da Previdência no Senado, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) será responsável por conduzir a primeira fase da tramitação da proposta dentro da Casa. Presidente da Comissão de Constituição (CCJ), a emedebista terá como papel intermediar as negociações da Previdência neste primeiro momento.
Ao Destak, a senadora contou como deverá conduzir os trabalhos, comentou sobre a relação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com o Congresso e outras pautas que passarão pela CCJ do Senado.
Destak: A senhora já afirmou que o Senado não será um chancelador da proposta da Previdência que foi votada na Câmara. Como serão conduzidos os trabalhos na CCJ para que possíveis mudanças possam ser feitas e qual será o prazo?
Simone: Um cronograma básico que estou propondo é de 60 a 70 dias. Acho que isso é mais do que suficiente para darmos tempo aos senadores conhecerem a proposta, realizarem alterações que achem necessárias e votarem com as suas consciências.
Destak: Durante a tramitação da Previdência na Câmara, os deputados reclamaram da articulação com o governo Bolsonaro. Como a senhora acredita que essa negociação irá ocorrer no Senado?
Simone: A Reforma da Previdência caminha independentemente do Executivo. Mas, acredito que este governo que tanto reclama da "velha política", não conseguiu se desvencilhar de algumas práticas, e está fazendo até pior. Já me manifestei contra a política do toma-lá-cá toda vez que for necessário articular com o Congresso. Negociação não se faz tendo como moeda de troca liberação de emendas. A falta de uma conexão firme entre Congresso e Governo, com intuito realmente republicano, acaba saindo "cara" para o País.
Simone: Como presidente da CCJ, cuja obrigação será dirigir os trabalhos como na função de um juiz, não posso ainda expressar juízo de valor. Agora, quando o texto chegar ao Plenário, será a minha vez de discutir o mérito.
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