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Reduto de esquerda, os 9 estados da Região estão na mira dos 2 candidatos à Presidência; há dúvida sobre os votos de Ciro
Os candidatos à Presidência da República tiveram diferenças marcantes no desempenho dos votos nos estados. A maior distorção se dá no Nordeste, onde o Jair Bolsonaro (PSL) que apesar de vencer o primeiro turno com 16,75% de vantagem, perdeu em todos os 9 estados da região, sendo 8 para Fernando Haddad (PT). Para o segundo turno, enquanto o militar tentará conquistar o eleitorado da região, o petista vai tentar se consolidar e buscar os indecisos nos demais entes federativos.
A principal estratégia de Haddad é agregar os votos de Ciro Gomes (PDT), que ficou em 3º lugar, com 12,47% dos votos. O petista afirmou ontem que já conversou com o Roberto Mangabeira Unger, consultor economista do pedetista, para incorporar as propostas de governo de ambos. "Não há incompatibilidade entre os planos de governo", disse à jornalistas, após uma reunião com governadores do Nordeste.
O PDT prevê uma reunião executiva na tarde desta quarta-feira (9) para anunciar oficialmente o apoio a Haddad. Há dúvidas sobre como se dará a distribuição dos votos de Ciro no Ceará, onde ele e familiares são tradicionais no governo e onde ele venceu a preferência à Presidência com 40,95% dos votos. No Estado, Haddad teve 33,1% e Bolsonaro 21,7%.
Para o deputado Wadih Damous, um dos líderes do PT, os outros estados do país também estão no radar, mas a estratégia para eles será focar no votos dos indecisos. O apoio do PSB, anunciado ontem, também fortalece o palanque nos demais estados.
Bolsonaro
O candidato Jair Bolsonaro tratou de minimizar o desempenho no nordeste logo na primeira entrevista após o segundo turno "Apesar de eu ter perdido lá, nunca alguém que fez oposição do PT teve uma votação tão expressiva como eu tive. Obviamente, não tive mais por fake news, mentiras", disse em entrevista ao Jornal Nacional.
A vantagem de Bolsonaro é o amplo apoio que está recebendo dos partidos de centro. A coligação de Geraldo Alckmin (PSDB), que inclui nove siglas, tem força sobre os eleitores antipetistas, embora tenham liberado os filiados, assim como o PP. Ontem, o candidato recebeu do PTB, de Roberto Jefferson.
A maior parte dos partidos tende a declarar isenção, o que faz com que indiretamente, os diretórios estaduais fiquem livres para apoiar o candidato que proporcionar maior capital político. O jogo envolve o segundo turno nos governos dos estados.
A exemplo da autonomia das lideranças regionais está o PP, que anunciou ontem a neutralidade. Contudo, o diretório do Rio Grande do Sul já assumiu o apoio à Bolsonaro, incluindo a vice de Alckmin, Ana Amélia. A primeira pesquisa para segundo turno será divulgada hoje pelo Datafolha.
Pesquisa
Veja os números do primeiro turno no Nordeste:
- Alagoas
Haddad: 44,75%
Bolsonaro: 34,40%
- Bahia
Haddad: 60,28%
Bolsonaro: 23,41%
- Ceará
Ciro: 40,95%
Haddad: 33,12%
Bolsonaro: 21,74%
- Maranhão
Haddad: 61,26%
Bolsonaro: 24,28%
- Piauí
Haddad: 63,40%
Bolsonaro: 18,76%
- Paraíba
Haddad: 45,46%
Bolsonaro: 31,30%
- Pernambuco
Haddad: 48,87%
Bolsonaro: 30,57%
- Rondônia
Haddad: 41,19%
Bolsonaro: 30,21%
- Sergipe
Haddad: 50,09%
Bolsonaro: 27,21%
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