Depois de lidas as mensagens para ele, Namba foi questionado sobre "qual seria sua providência caso seu filho estivesse trabalhando no local da barragem".
Namba respondeu, segundo o relatório da Polícia Federal, que "após a confirmação das leituras, ligaria imediatamente para seu filho para que evacuasse do local bem como que ligaria para o setor de emergência da Vale responsável pelo acionamento do PAEBM [Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração] para as providências cabíveis".
Pressão
Namba também disse em seu depoimento que um funcionário da Vale chamado Alexandre Campanha perguntou a ele: "A TÜV SÜD vai assinar ou não a declaração de estabilidade?".
Namba disse à PF ter respondido que a empresa assinaria o laudo se a Vale adotasse as recomendações indicadas na revisão periódica de junho de 2018, mas assinou o documento.
Segundo ele, "apesar de ter dado esta resposta para Alexandre Campanha, o declarante sentiu a frase proferida pelo mesmo e descrita neste termo como uma maneira de pressionar o declarante e a TÜV SÜD a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato".
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Em depoimento, engenheiro disse ter se sentido pressionado a assinar declaração de estabilidade da barragem
Uma troca de e-mails entre profissionais da Vale e duas empresas ligadas à segurança da barragem de Brumadinho (MG), identificada pela Polícia Federal, apontam que, dois dias antes do rompimento, a Vale já havia identificado problemas nos dados de sensores responsáveis por monitorar a estrutura.
As mensagens começaram a ser trocadas no dia 23 de janeiro, às 14h38, e se prolongaram até as 15h05 do dia seguinte. A barragem se rompeu em 25 de janeiro. Até esta quarta-feira, a tragédia causada pelo rompimento da barragem tinha saldo de 150 mortos e 182 desaparecidos.
As informações são da TV Globo, que teve acesso aos depoimentos prestados por dois engenheiros da empresa TÜVSÜD, André Jum Yassuda e Makoto Namba, responsáveis por laudos de estabilidade da barragem. Yassuda e Namba foram presos pela Polícia Federal na semana passada. Na terça-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que eles fossem libertados. Os advogados Augusto de Arruda Botelho e Brian Alves Prado, que defendem os engenheiros, disseram que não vão comentar.
Depois de lidas as mensagens para ele, Namba foi questionado sobre "qual seria sua providência caso seu filho estivesse trabalhando no local da barragem".
Namba respondeu, segundo o relatório da Polícia Federal, que "após a confirmação das leituras, ligaria imediatamente para seu filho para que evacuasse do local bem como que ligaria para o setor de emergência da Vale responsável pelo acionamento do PAEBM [Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração] para as providências cabíveis".
Pressão
Namba também disse em seu depoimento que um funcionário da Vale chamado Alexandre Campanha perguntou a ele: "A TÜV SÜD vai assinar ou não a declaração de estabilidade?".
Namba disse à PF ter respondido que a empresa assinaria o laudo se a Vale adotasse as recomendações indicadas na revisão periódica de junho de 2018, mas assinou o documento.
Segundo ele, "apesar de ter dado esta resposta para Alexandre Campanha, o declarante sentiu a frase proferida pelo mesmo e descrita neste termo como uma maneira de pressionar o declarante e a TÜV SÜD a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato".
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